No Dia Nacional de Combate ao Mau Hálito, integrantes da ABPO montaram estande na Praça José de Alencar e distribuíram panfletos informativos sobre a halitose
STÊNIO SARAIVA
Invisível, mas de fácil percepção, a halitose – nome científico para o mau hálito – é um problema constrangedor que tem cura e pode ser combatido apenas até com a mudança de hábitos. Para informar melhor à população sobre as causas da halitose e como procurar um tratamento adequado, a Associação Brasileira de Estudos e Pesquisas dos Odores da Boca (ABPO) realizou, ontem, o Dia Nacional de Combate ao Mau Hálito.
Segundo dados da ABPO, a halitose atinge mais de 30% da população brasileira e pode ser provocada por até 50 causas diferentes: como diabetes, câncer, prisão de ventre, fumo, sinusite, doenças renais.
Em Fortaleza, os integrantes da ABPO montaram um estande na Praça José de Alencar e, durante o dia, distribuíram panfletos informativos sobre a halitose, esclarecendo dúvidas e orientando na busca de um profissional especializado. Muitas pessoas aproveitaram a oportunidade para obter outras informações. Um exemplo é a professora Alexandra Lopes, que sofre com o mau hálito e antes da campanha não sabia como tratar o problema.
Na mesma situação está a estudante Lêda Carvalho de Souza. Ela tem halitose e já procurou diversos dentistas, mas nenhum descobriu a razão do problema ou indicou algum cuidado específico. Agora ela seguirá as orientações dos profissionais da ABPO e espera se livrar logo do mau hálito.
A presidente da Associação no Ceará, Daiane Rocha, explica que o desconhecimento dos médicos e a falta de informação da população deve-se ao fato dos estudos sobre halitose serem recentes no Brasil, iniciados há apenas 12 anos.
“Ainda há uma forte crença entre eles (médicos) que o estômago provoque alterações no hálito. Se o profissional ainda pensa assim, imagine as dificuldades para os portadores do problema”, afirma.
A halitose provocada por causas fisiológicas é a mais comum, podendo se manifestar em qualquer pessoa.